Uma denúncia feita semana passada contra o vereador Gilmar Augusto Oro Nao (MDB) pode levar ao afastamento ou até mesmo a cassação de seu mandato.
A denúncia foi realizada pela antiga assessora do vereador, de acordo com a denunciante, nos três meses em que esteve trabalhando com o vereador, a mesma fez algumas viagens a trabalho, mas nunca usufruiu do dinheiro pago para estadia e alimentação.
Vai além a ex-assessora, afirma que esse dinheiro era repassado para a amásia do vereador Gilmar, sob alegação que a verba seria usada para manutenção de gabinete, ela relata que em pelo menos um dos pedidos de diária, constava o seu nome, porém o número da conta da amásia do vereador.
Ao Ministério Publico ela disse que foi informada de sua demissão pelo próprio vereador Gilmar, alegando que algumas lideranças indígenas não queriam ela como assessora do dele, diante da denúncia a Câmara de Vereadores precisava se manifestar.
A denúncia levou a Mesa Diretora da Câmara Municipal de Guajará-Mirim a realizar uma reunião extraordinária, na última sexta-feira, 18, para criar uma Comissão Especial e investigar a conduta do vereador Gilmar Augusto Oro Nao (MDB). O plenário estava lotado de representantes indígenas que queriam uma solução rápida para o problema.
A Comissão fez a leitura da denúncia e iniciou uma discussão entre os próprios vereadores. O vereador Adilson Sicsú (PC do B), que é investigado em uma denúncia, disse na tribuna que a assessora poderia está faltando com a verdade, tendo em vista que ela disse ao MP que havia sido demitida e isso oficialmente não ocorreu.
O vereador Kerling Brito (Podemos), pediu a palavra e disse em seguida que infelizmente lamenta algumas falas que parecem compactuar com a corrupção.
Em meio a toda essa discussão, o vereador Kerling Brinto pediu que a Mesa Diretora da Câmara colocasse em pauta o imediato afastamento do vereador Gilmar Oro Não, alegando que o fato é extremamente grave, mas não foi aprovado.
População indígena acompanhou a sessão
Isso causou revolta entre os líderes indígenas que entenderam que o Poder Legislativo, é corporativista, como afirmou o representante da Aldeia Sotério, Edmar Oro Mon.
O presidente da comissão que vai investigar o vereador Gilmar é do mesmo partido, Mário Cézar de Carvalho, ele tem um prazo de 60 dias para emitir uma decisão de afastar ou cassar o mandato do vereador. Ainda fazem parte da comissão o vereador, “Roberto do Mercado” e Arão Ororam Xijeinque é o relator, mais ainda existem duas comissões que precisam ser finalizadas no Poder Executivo.
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Fonte:O Mamore