Atualmente, o casal não dispõe dessa autorização e vai continuar se relacionando por cartas. Os presos não recebem nenhum benefício em virtude do casamento.
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Luiz Fernando conheceu Vânia no presídio feminino, onde funciona também a instalação de tornozeleira eletrônica. Ele estava na unidade para fazer manutenção no dispositivo. Na ocasião, a viu e se interessou por ela. Depois disso, ele enviou uma carta para um programa de rádio evangélico e ofereceu uma música à Vânia.
Após alguns dias, ela também enviou uma carta ao programa e ofereceu uma música a ele. Eles continuaram enviando cartas para a rádio e depois começaram a trocar correspondências diretamente, entregues por familiares ou amigos. O noivado aconteceu no fim do ano passado, quando foram autorizados pela Justiça a se encontrarem no presídio feminino e conversaram pela primeira vez pessoalmente. O G1 foi até o Corpo de Bombeiros, mas Luiz Fernando não quis dar entrevista.
Penas
Vânia foi condenada a 8 anos e 4 meses de prisão e cumpre pena no regime fechado. A defesa dela pediu progressão para o regime semiaberto, mas o pedido foi negado em primeira e segunda instância.
Segundo a direção do presídio feminino, Vânia continua com bom comportamento e trabalha e estuda dentro da unidade. A direção ainda ressaltou que a presa deve começar um tratamento psicológico nos próximos dias, custeado pela família, pois o tratamento prestado pelo estado já foi concedido.
O Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO) informou que Luiz Fernando tem várias condenações, que somam 36 anos e 4 meses. Um dos crimes cometidos por ele foi assalto. Ele cumpriu 13 anos e 10 meses de prisão e, atualmente, cumpre pena no regime fechado.
Em virtude do bom comportamento, Luiz Fernando recebeu autorização para trabalhar no Corpo de Bombeiros. Na corporação, ele exerce a função de cabeleireiro e também faz serviços gerais.
Crime de Vânia
Vania matou o ex a facadas durante o ato sexual, na casa dele, em dezembro de 2015. Na época, ela confessou o crime e disse: "queria matar alguém". Antes do assassinato, a jovem chegou a escrever um post no Facebook afirmando não ter sido uma má namorada.
Um laudo feito meses depois da prisão apontou que Vania é sociopata. No júri em que foi condenada, em setembro de 2016, a acusada fez cara de fúria ao ouvir a sentença. Em setembro de 2017, a jovem foi agredida por uma detenta e chegou a sair para registrar boletim de ocorrência.
Por G1 Vilhena e Cone Sul