Funai tentou se aproximar de indígenas pelo menos três meses, mas grupo não quer
Cerca de quatro crianças e cinco mulheres, que alegam serem índias, estão desabrigadas. Por isso, seguem dormindo no pátio do terminal rodoviário desde a última segunda-feira (4) em Guajará-Mirim (RO), município a pouco mais de 330 quilômetros de Porto Velho.Segundo o coordenador regional da Fundação Nacional do Índio (Funai), José Soares, as mulheres e as crianças estão em Guajará-Mirim desde o último domingo (3). Foram recebidas na Casa de Saúde Indígena (Casai) onde passaram a noite.
Na segunda-feira, as mulheres foram levadas ao prédio da Funai para serem identificadas e, em seguida, serem alocadas em uma aldeia. Mas elas se recusaram a entrar e foram embora do local.
"A Funai já fez três investidas pra trazê-las pra cá, no carro, mas elas insistem em não querer vir para a Funai. Nós estamos procurando saber de onde são, o que vieram fazer aqui e como estão”, explicou José Soares.
Ainda de acordo com José Soares, a Funai está com dificuldades para identificar as mulheres, pois sempre que são perguntadas sobre qual aldeia elas pertencem, as respostas mudam. O que se sabe é que elas vieram do Acre.
José Soares contou que as mulheres não querem morar em aldeia porque não têm convivência com os povos indígenas de Guajará-Mirim. Pediram apenas que a Funai consiga um trabalho remunerado a elas.
A Funai em Guajará-Mirim já entrou em contato com a coordenação regional do Acre para tentar saber mais sobre essas mulheres e crianças.
Os indígenas dizem ser do Acre e que a casa onde moravam pegou fogo. Como consequência, elas seguiram para Guajará em busca de ajuda.
Fonte: G1