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Barragens no Rio Madeira impedem migração do bagre maratonista; espécie corre risco de extinção

terça-feira, 30 de abril de 2019 | 08:51 WIB Last Updated 2019-04-30T15:51:53Z
Se pudesse ser comparado a uma rodovia, o rio Madeira por certo seria uma via prioritária, uma artéria central, conectando dos pontos mais importantes da Amazônia: os sopés dos Andes e as planícies alagadas.
Dentre os afluentes do rio Amazonas, o Madeira, com seus 3380 km, é aquele que mais contribui com sedimentos vindos das altas montanhas. Isso o torna um corpo d´água rico em nutrientes, essenciais para a fertilidade das várzeas e para a pesca no Brasil e na Bolívia .
Na sub-bacia do Madeira, estão catalogadas cerca de 1 mil espécies de peixes, o que representa um terço de toda a ictiofauna encontrada na bacia amazônica. Os passageiros desta rodovia são potentes peixes migradores, capazes de dirigir milhares quilômetros em condições adversas – fortes corredeiras, água turva e muitos resquício de florestas arrastadas, submersas.

Mas as barragens de Santo Antônio e Jirau, os obstáculos criados pelo homem, parecem difíceis de transpor . Passada uma década do início da construção das usinas hidrelétricas do Madeira, em Rondônia, novas pesquisas científicas indicam que as espécies deste rio amazônico foram negativamente afetadas.
Vídeo – Um rio de mudanças (Parceria InfoAmazonia e Mongabay)
     


Autor / Fonte: InfoAmazônia e Mongabay
Por Gustavo Faleiros (texto) e Marcio Isensee e Sá (vídeo), para o InfoAmazônia e Mongabay, 
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