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Famílias reclamam de lama despejada pela Caerd nas ruas de Guajará-Mirim

terça-feira, 9 de abril de 2019 | 05:47 WIB Last Updated 2019-04-09T12:47:30Z
Famílias reclamam da lama que é despejada nas ruas de Guajará-Mirim (RO), município a pouco mais de 330 quilômetros da capital Porto Velho, pela Estação de Tratamento da Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (Caerd)

Segundo o órgão, a lama é escoada pela rede de esgoto. Porém, por conta do entupimento das galerias, a água acaba segue para a rua.
Segundo a Caerd, a lama é escoada pela rede de esgoto. 
Todas as noites o tanque da estação de tratamento precisa ser lavado após o processo de decantação, já que a água do rio é barrenta e, por conta disso, o tanque fica sujo. A sujeira é retirada do tanque e é escoada pela rede de esgoto do município. Mas, por conta das galerias entupidas, a água transborda e alga as ruas.
Desde o ano passado, o despejo de água da Caerd tem causado transtorno aos moradores do bairro Serraria. A lama é despejada em grande quantidade e como não pode ser escoada pela rede de esgoto, acaba inundando as ruas e, em seguida, invadindo as casa no entorno da estação de tratamento.
"Desde outubro do ano passado essa água invade a minha casa. Aqui tem sapos e cobras. Já conversei com a chefe da Caerd e ela disse que tomaria providências, mas até agora nada aconteceu. E nós estamos sendo prejudicados, as crianças estão adoecendo, não tá mais dando para aguentar", disse a aposentada Maria Ivanilce.
Atualmente, a água fica empoçada nas Avenidas José Bonifácio, Antônio Corrêa da Costa e Tiradentes. Como consequência, muros ameaçam cair e o piso das casas começam a soltar, já que o solo fica úmido.
"A casa está com infiltração, os azulejos estão se soltando por conta da umidade, o piso está fofo. A gestão municipal veio até aqui e disse que resolveria e até agora nada. E quando é de noite, eles soltam água na rua e ela só não entra na minha casa porque eu a alteei, mas na casa da vizinha a água acaba entrando", contou a balconista Sandra Castro.
Parte dos esgotos foram entupidos durante as obras que foram realizadas nas ruas pela gestão municipal e também pelo acumulo de lixo, como garrafas pete, sacolas, objetos de plástico, entre outros.

Recomendação sobre o fim do despejo de água
O Promotor de Justiça Eider José Mendonça das Neves, da Promotoria de Justiça de Guajará-Mirim, enviou um ofício no dia 8 de março à Caerd para que medidas de urgência sejam tomadas objetivando que o despejo inadequado da lama seja cessado.
Segundo o Ministério Público, o primeiro ofício não teve retorno da Caerd. Por conta disso, a promotoria entrou em contato com a direção do órgão, que informou que estava aguardando uma resposta da capital para se pronunciar sobre o caso.
"Como é uma situação que tem causado diversos transtornos à comunidade, nós já expedimos um segundo ofício recomendando a sessação imediata do despejo de lama sobre as ruas, sob pena de adoção de providências tanto cíveis como criminais", explicou Eider José.

O que diz a Caerd
Segundo a diretora da Companhia de Águas e Esgotos do Estado de Rondônia em Guajará-Mirim, Creuza Ribeiro, a estação de tratamento precisa ser lavada todos os dias. Caso não seja lavada diariamente, a água chegará suja ao consumidor.
"A nossa estação tem que ser lavada todos os dias e a drenagem é feita pela rede de esgoto. Mas os bueiros estão entupidos devido as obras feitas pelo município nas ruas, porque o pessoal jogou terra sobre eles. Então não tem por onde a água passar e ela acaba indo para as ruas", disse Creuza.
Ainda de acordo com a direção da Caerd, engenheiros realizaram um estudo no lugar e cerca de 250 manilhas serão compradas para mudar a rota de escoamento da água, que atualmente é feita pela Avenida José Bonifácio e depois será feita pela Avenida Antônio Corrêa da Costa e Avenida Tiradentes, onde a rede será ligada a uma galeria na Avenida Doutor Lewerger.


Fonte: G1
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