Moradores da cidade de Riberalta que fica localizada no Departamento de Beni, no norte da Bolívia, próxima a Guajará Mirim (RO), também participaram dos protestos contra as eleições fraudulentas no país. De ponta a outra da Bolívia, manifestações foram realizadas desde a noite de ontem (21) contra o Tribunal Superior Eleitoral da Bolívia que apontou vitória de Evo Morales no pleito desse ano, numa possível caso de corrupção eleitoral escancarado e amplamente denunciado por lideranças políticas.
A contagem preliminar dos votos foi interrompida no domingo (20), o que levou a queixas de interferência nos resultados. O órgão eleitoral indicou que a contagem final será entregue em sete dias. Até a noite dessa segunda-feira, o Tribunal informou que com 83,7% dos votos apurados, Morales - à frente do Partido para o Movimento Socialismo (MAS) - liderava o pleito (45,28%) contra Carlos Mesa (38,16%). Este, que governou a Bolívia entre 2003 e 2005, concorre pela aliança do centro de Ciudadana (CC).
Em Riberalta, uma das cidades importantes do pólo boliviano e que possui parcerias e estreitos laços comerciais com Rondônia principalmente no setor agrícola, a estátua do ex-presidente da Venezuela, Hugo Chaves foi queimada e destruída. Os manifestantes amarraram uma corda no "pescoço" da estátua e a puxaram para baixo até conseguir derruba-la. Depois, cortaram seus pés com serras elétricas. "Viva a Bolívia!", gritavam as pessoas enquanto a figura de Chávez despencava.
O espaço foi inaugurado em 2013 pelo próprio Evo Morales que simbolizava união com a Venezuela. Contrário ao que vem ocorrendo no país vizinho, mais da metade da população diz “não” ao governo de Morales que ultrapassou mais de três mandatos no executivo sendo o presidente que mais ficou no poder.
Fonte: NewsRondonia