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SOBRE NEPOTISMO E SUCESSÃO MUNICIPAL

terça-feira, 7 de janeiro de 2020 | 15:42 WIB Last Updated 2020-01-07T23:42:28Z
Começou o ano político. A corrida para ocupar a poltrona do Palácio Pérola parece estar cada vez mais acirrada. Partidos ventilam hipóteses as mais ecléticas. Nomes e discursos para todos os gostos e desgostos estão na órbita dos assuntos vigentes nos bares e tabernas. Sérgio Bouez, Lucila Socorro, Waldemir “Caçador”, João Soares, Gerson Paz, Gerson, o “Maia”, Fábio Netinho, Taissa Souza, Raissa Bento, Luiz Neguinho, Jorge Monteiro e Cícero Alves.

Enquanto o quadro sucessório começa a se definir, as alianças e apoios também começam a engrenar um festival de diálogos e troca de impressões. Como em política tudo é possível, muita água deverá rolar Rio Mamoré abaixo até os acordos se timbrarem nos papiros oficiais. Uma coisa é certa: a evolução destas conversas vai depender – e muito - da constante mutação dos fatores.

O MP precisa urgente embargar o Cemitério Santa Cruz e aplicar multa à prefeitura por cada licença para enterro. A superlotação finada degrada o meio ambiente. Há décadas que a cidade aguarda a construção de uma nova necrópole. Não há espaço para sepultar mais ninguém neste campo santo. Que faça o MP uma vistoria in loco citato e constate esta denúncia.

Em total afronta à Justiça e à Lei do Nepotismo, o prefeito nomeou esta semana sua esposa para o cargo de Secretária Municipal de Turismo e Cultura. De acordo com o verbete constante na Súmula 13 do Supremo Tribunal Federal, nomear cônjuge ou parente direto para cargo público é nepotismo. Com respaldo nesta resenha forense, em agosto de 2017, o Ministro Marco Aurélio Melo deferiu liminar para suspender as portarias do prefeito de uma cidadela do Nordeste que nomeou sua esposa para a Secretaria de Assistência Social e seu filho para a Secretaria de Saúde.

Fontes confiáveis dão conta de que um agente do primeiro escalão municipal que possui um comércio na cidade não está pagando o aluguel do imóvel há mais ou menos três anos. Por conta deste calote, o dublê de lojista e servidor público em cargo de comissão estaria em vias de receber ordem de despejo de seu senhorio através da Justiça.

Agora qualquer analfa por não ter outro tipo de ocupação, acaba achando que jornalismo é um bom negócio e resolve adentrar o mercado através de um site de notícias. E as matérias? Quando não copiam de outros sítios digitais, dão gorjetas para gente com mais talento escrever as redações.

E quando resolvem eles próprios se meterem a trabalhar os textos, atentam contra a lógica dos leitores. E dá-lhe pontapés na linguagem pátria: Mandato judicial no lugar de mandado judicial, ao invés de no lugar em vez de, haja visto no lugar de haja vista, haver no lugar de a ver e outros absurdos.

Construções frasais erradas, pobreza vocabular, esquema de redação infantil, ignorância no manejo com o idioma por má formação escolar, falta de domínio com as palavras, acentos, regência e concordância. Enfim, assassínio do léxico gramatical que maltrata a notícia e ofende o senso comum dos leitores.

Que se atente para um fato: a Imprensa não tem a obrigação de ensinar o povo a falar ou escrever de forma correta. Por outro lado, tem a obrigação de não burrificá-lo com notícias mal escritas. Por respeito aos leitores. E somente por respeito.

Por Fabio Marques
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