Falsa médica que usava dados de vítima homônima é liberada após pagar fiança de R$ 50 mil

Via @portalg1 | A falsa médica de 37 anos, presa na terça-feira (30) na região de Perdizes, na Zona Oeste de São Paulo, foi liberada pela Justiça nesta quarta (31) após audiência de custódia e mediante ao pagamento de R$ 50 mil de fiança.

Marcela de Castro Gouveia tinha o mesmo nome e sobrenome de uma médica verdadeira, e utilizava o CRM da profissional para solicitar exames e receitar remédios.

Em nota, o advogado de Marcela Castro Gouveia, Gustavo Polido, disse que a ação policial se deu de forma equivocada e que não houve utilização de qualquer nome, houve equívoco nos carimbos recebidos, pois possuem o mesmo nome, sem qualquer intenção de fraude.

À polícia, ela disse ser farmacêutica de formação e estudante de medicina. Ela tinha sido presa por exercício ilegal da medicina e falsidade ideológica.

A verdadeira médica recebeu a denúncia pela internet, por uma paciente que procurou atendimento com a falsa médica e resolveu fazer uma pesquisa sobre ela.

Ao descobrir que a mulher estava utilizando os dados de outra profissional, mandou uma mensagem alertando a médica real, vítima da situação.

Falsa médica é presa em flagrante na Zona Oeste de SP — Foto: Reprodução/TV Globo

De acordo a polícia, a médica verdadeira agendou uma consulta para uma amiga, que foi acompanhada de um policial. A prisão em flagrante foi feita após a falsa médica passar a receita assinada e carimbada.

"Ela aproveitou dessa característica, de serem homônimas, e começou a usar esse carimbo. Ela alterou, colocou o nome dela, mas com a numeração da vítima", contou o delegado Felipe Nakamura.

Ainda de acordo com o delegado responsável pela investigação, a falsa médica utilizava da fama nas redes sociais. Conforme apurado pela TV Globo, ela se apresentava como especialista em medicina estética.

"A gente acredita que ela se utilizava dessa fama, de ter muitos seguidores, de ter conhecimento técnico na área de estética, para utilizar desse carimbo, a fim de que pudesse dar maior legitimidade a sua atuação, uma vez que não detém título de médico, mas tem conhecimento dessa área de estética", contou o delegado.

A polícia não informou por quanto tempo a falsa médica realizou os atendimentos nem se algum dos pacientes dela chegou a ser prejudicado.