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Mulher que teve olho perfurado por ex ajuda polícia a prender cr1m1nos0 através de conta ‘fake’ em rede social

sexta-feira, 3 de maio de 2024 | 04:22 WIB Last Updated 2024-05-03T11:22:08Z
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Via @portalg1 | A Polícia Civil prendeu o homem que descumpriu uma medida protetiva, invadiu a casa da ex-namorada e perfurou o olho dela com um espeto enquanto ela se recuperava de um tratamento contra câncer. A prisão dele por tentativa de feminicídio aconteceu com a ajuda da vítima do crime, a dona de casa Ana Gleyce Silva de Sá, de 41 anos.

Pedro Henrique José de Santana, de 23 anos, estava foragido desde fevereiro deste ano, quando o crime foi cometido. Após criar um perfil falso no Instagram e começar a interagir com o ex-companheiro nessa rede social, Ana Gleyce pediu a ajuda da polícia para marcar um encontro e capturar o homem, tudo em menos de cinco horas. Ele foi preso em Camaragibe, no Grande Recife, na segunda-feira (29).

Em entrevista ao g1, Ana Gleyce contou que uma foto de Pedro Henrique apareceu em seu feed. Ela percebeu que a foto tinha sido tirada recentemente, então supôs que se tratasse de um conta nova, criada já enquanto ele estava foragido da polícia.

“Tinha uma foto dele, aí eu disse: ‘Essa foto é recente. Não é do Instagram, nem do Face[book] dele antigo’. Aí eu e uma amiga minha, a gente fez um ‘fake’ e mandou a solicitação para seguir. Quando a gente mandou, de imediato, ele já seguiu de volta e mandou um ‘boa tarde’”, contou.

Ana Gleyce pegou fotos de outra mulher na internet e começou a trocar mensagens com o agressor para se certificar que realmente se tratava dele. A partir daí, entrou em contato com a polícia, que passou a orientá-la a respeito das interações com o criminoso.

“Ele mandou uma foto dele, outra foto. Depois mandou um áudio. Aí foi mandando áudio, foto, vídeo dele, essas coisas. Fazendo e mandando. E eu fui conversando, mandando foto do ‘fake’ que eu peguei no Google. [...] O policial disse para eu continuar conversando, marcando, para ver se realmente ele aparecia”, afirmou Ana Gleyce.

As trocas de mensagens começaram por volta das 15h e, na mesma tarde, Pedro Henrique convidou a mulher, que ele não sabia se tratar de Ana Gleyce, para um encontro. Orientada pelos policiais, ela marcou na frente de um shopping em Camaragibe e permaneceu distante aguardando a prisão.

“Eles [policiais] pediram para eu confiar neles, que ia dar certo, porque eu estava muito nervosa e aflita, com medo [de] que ele fosse embora e desistisse do encontro, e eu não podia aparecer porque não existia mulher nenhuma. Ele querendo fazer videochamada e eu ligando para a polícia”, contou.

A prisão aconteceu por volta das 19h40, menos de cinco horas depois da primeira mensagem trocada entre o criminoso e a vítima. Apesar do medo de ser perseguida por familiares do agressor, Ana Gleyce disse estar se sentindo aliviada pela captura.

"O irmão dele já me ameaçou, disse que eu ia virar bolsa de madame [...]. Infelizmente, eu perdi a visão [de um olho], mas não perdi a fé, que é o mais importante. Eu espero que todas as mulheres lutem, porque a violência contra nós cada dia que passa está aumentando. Eu espero que todas as mulheres lutem, corram atrás e façam justiça", declarou.

Em nota, a Polícia Civil informou que Pedro Henrique José de Santana tinha um mandado de prisão em aberto pelo crime de tentativa de feminicídio. "Após realização dos procedimentos cabíveis, o autor ficou à disposição da Justiça", afirmou a corporação, na nota.

Procurado pela TV Globo, o Tribunal de Justiça de Pernambuco enviou uma nota afirmando que os "processos que tratam de violência doméstica correm em segredo de justiça".

Relembre o crime

Crime aconteceu no bairro de Dois Carneiros, em Jaboatão dos Guararapes — Foto: Reprodução/Google Maps

• O crime aconteceu no dia 13 de fevereiro, na Rua Dezoito, no bairro de Dois Carneiros, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife;

• Ana Gleyce estava dormindo em casa quando o ex-companheiro invadiu a residência, entrou no quarto dela e a golpeou várias vezes com o espeto;

• Ela foi levada por parentes para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Lagoa Encantada, no bairro da Cohab, na Zona Sul do Recife;

• Apesar de ser transferida para a Fundação Altino Ventura (FAV), unidade especializada em emergências oculares, Glayce perdeu a visão do olho esquerdo.

Por Iris Costa
Fonte: g1

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