O ouro veio na madrugada, em Miyazaki, no Japão, no Mundial de Surfe
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O ouro veio na madrugada, em Miyazaki, no Japão, no Mundial de Surfe. Depois de chegar atrasado para a competição e estrear surfando de jeans, Ítalo Ferreira conquistou o seu primeiro título mundial. Na bateria decisiva, ele chegou a levar uma nota 10 e somou 17,77 pontos. Superou inclusive o compatriota Gabriel Medina, que terminou em terceiro, com o bronze, com 14,53. O norte-americano Kolohe Andino ficou em segundo, com 17,06, e o japonês Shun Murakami em quarto.
Pela manhã, em São Paulo, quatro brasileiros participaram da final masculina do Mundial de Skate Park. Três deles brigaram por medalhas, mas o ouro acabou com o norte-americano Heimana Reynolds, havaiano, que sobrou com 88 pontos. Luiz Francisco, o Luizinho, tirou 85,5 e ficou com a prata. Pedro Quintas, com 85, com o bronze. Pedro Barros, que vinha de um ouro e duas pratas nas outras três edições do Mundial, terminou em sexto, com 84,5.
Antes, no feminino, o Brasil havia faturado a prata com Silvana Lima no Mundial de Surfe. No Mundial de Skate Park, Yndiara Asp, melhor brasileira, sofreu lesão no púbis e não participou da competição em São Paulo. Dora Varella foi a melhor brasileira, em sexto. Isadora Pacheco terminou em sétimo. A japonesa Misugu Okamoto, de 13 anos, ficou com o ouro.
Skate e surfe vão estrear nos Jogos Olímpicos em Tóquio e ainda estão adaptando seu calendário internacional às demandas do movimento olímpico. No caso do surfe, o circuito mundial WSL (World Surf League) está absolutamente consolidado, mas não havia um torneio no padrão olímpico, com limite de atletas por países e participação de surfistas de nações sem tradição.
Organizado pela federação internacional de surfe há mais de meio século, o ISA Games sempre foi uma competição entre amadores -e, por isso, deixou de contar com a elite da modalidade quando esta se profissionalizou. Como é a ISA quem regula o surfe olímpico, a entidade colocou o torneio desse ano como pré-olímpico, obrigatório para quem quiser ir a Tóquio. E conseguiu atrair os melhores do mundo.Pelo Brasil foram convocados os três melhores do ranking da WSL, que é o que vai selecionar os dois brasileiros que vão a Tóquio. Hoje, por esse ranking, aparecem à frente Filipe Toledo (líder) e Gabriel Medina (quarto). Ítalo é o sexto. Em Miyazaki, Filipinho parou uma fase antes da final.
No skate o calendário é mais caótico, mas o Campeonato Mundial de Skate Park existe desde 2016, sempre reunindo a elite. Esta edição em São Paulo, a primeira no Brasil, é o torneio que mais distribui pontos para o ranking olímpico. Um outro "Mundial", fechamento do principal circuito profissional, da Vans, foi realizado no fim de semana passado, mas sem o mesmo peso. Nela, só Luizinho fez final, ficando em sétimo.
Na próxima semana acontece, também em São Paulo, mas em uma arena montada no Pavilhão de Exposições do Anhembi, a etapa final do circuito da street league, a SLS, que também conta como Mundial de Skate Street. Na última edição, que contou como 2018 mas foi realizada este ano no Rio, o Brasil foi prata com Kelvin Hoefler e Letícia Bufoni e bronze com Felipe Gustavo. E o Brasil ainda terá a sensação Rayssa Leal, a Fadinha de 11 anos, que pinta como candidata ao título.
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