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"Difícil É Não Brincar" é selecionado para o Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo

quinta-feira, 6 de agosto de 2020 | 06:21 WIB Last Updated 2020-08-06T13:21:18Z
Produção mineira registra a infância em três distritos do interior de Minas Gerais (Fotos: Eliane Gouvêa/Divulgação)


Da Redação


A produção mineira "Difícil É Não Brincar", da diretora Papoula Bicalho, foi selecionada para o 31º Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo, que acontece entre 20 e 30 de agosto, na Mostra Infanto-Juvenil. O filme é dos seis mineiros selecionados entre 3.056 inscritos na premiação.

O curta registra a infância em três distritos do interior de Minas Gerais pertencentes aos municípios de Congonhas e Ouro Preto, onde a produção de minério é a principal atividade econômica. Entre minas e minérios, crianças brincam e revelam seus sonhos e pesadelos, apostando que até nas adversidades, difícil mesmo é não brincar.

Dar voz às crianças é o principal objetivo do filme. “Meu desejo era torná-las protagonistas, narradoras e produtoras das sequências. A brincadeira foi o modo de obter isso de forma espontânea e criativa”, conta Papoula Bicalho, que concebeu e dirigiu o filme. “Quando as crianças brincam, liberam o seu imaginário e mostram de forma sensível os desejos, sonhos e pesadelos que as animam ou afligem. Você passa a ver a criança sem as máscaras impostas por certa cultura ou religião, pela família, por hábitos e costumes. Elas estão ali, inteiras, inventivas”.


Ambientado nesse universo lúdico das brincadeiras da infância, o enredo traz à tona várias nuances desta fase da vida e levanta questões pessoais e sociais que as crianças enfrentam: as inseguranças, a adaptação a diferentes realidades das comunidades, os sonhos que dividem espaço com incertezas do futuro e as delícias de ser criança e poder, mesmo nas adversidades, inventar mundos possíveis, brincando.

Participaram das filmagens mais de 90 crianças de Miguel Burnier e Comunidade do Mota (distrito e sub-distrito de Ouro Preto) e Lobo Leite (distrito pertencente a Congonhas). Os pontos de partida para a construção do enredo foram provocações e desafios que pudessem resultar em brincadeiras e depoimentos significativos para desvendar anseios, intimidações, prazeres e desejos que se apoderam dessas crianças no dia-a-dia. “O narrador do filme é a ação delas em meio aos colegas, amigos e à paisagem dos locais onde vivem”, explica Papoula Bicalho.


O curta contou com direção de produção de Janice Miranda, apoio institucional do Museu de Congonhas, parceria com a comunidade escolar dos distritos onde foram feitas as filmagens e realização da Luz Comunicação, com patrocínio da Gerdau.

Link para o teaser:

Ficha técnica:
Direção, concepção, roteiro, trilha e montagem
: Papoula Bicalho

Assistência de direção: Bruno Madeira, Zé Paulo Osório
Direção de produção: Janice Miranda
Produção: Fabrício Kent, Nathália Rezende Santos, Valdirene Andrade
Captação de imagem e som: Eliane Gouvêa, Papoula Bicalho, Rodrigo Gouvêa, Zé Paulo Osório
Tratamento e masterização de som: André Cabelo
Transporte: Edgard Magalhães, João Batista De Magalhães

Tags: DifícilÉNãoBrincar, FestivalInternacionalDeCurtasMetragensDeSãoPaulo, curta-metragem, produçãomineira, Papoula Bicalho, OuroPreto, Congonhas, crianças, brincadeiras, cinemanoescurinho
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